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Foto do escritorJonatan Soares

Diferença no comprimento das pernas

A examinação do comprimento das pernas (membros inferiores) é realizada por uma boa parcela dos quiropraxistas enquanto o paciente está deitado na maca. Embora o teste "leg check" não tenha uma validação científica robusta, ele pode trazer algumas suspeitas sobre disfunções no corpo do paciente, quando vinculado a achados posturais na posição de pé e anamnese. Diferença no comprimento das pernas pode sugerir desequilíbrios musculares, ou alterações de mobilidade articular na região pélvica e/ou lombar.


A desigualdade de comprimento da perna pode ser classificada como anatômica ou funcional:

A desigualdade de comprimento anatômica refere-se a diferentes medidas no comprimento dos ossos dos membros inferiores. Estima-se que aproximadamente 90% da população tem diferença anatômica no comprimento das pernas, mas em sua grande maioria a diferença é menor do que 1cm. Alguns indivíduos com diferença superior à 5mm podem ter problemas futuros nas articulações do joelho, quadril ou lombar. Parece que diferenças maiores do que 2cm tendem a ser problemáticas e merecem mais atenção (GORDON; DAVIS, 2019).

A causa dessas diferenças estruturais pode ser congênita, traumática, cirúrgica, neoplásica, degenerativa e infecciosa.

O padrão ouro para confirmar tal desigualdade é através de exames de imagem como a tomografia ou a escanometria de membros inferiores.


Já a desigualdade de comprimento funcional é o resultado de respostas neurofisiológicas assimétricas como músculos mais tensos de um lado, inibições musculares, restrições de movimento articular. Tais situações serão averiguadas pelo quiropraxista em um primeiro momento para ver se o corpo do paciente retorna ao equilíbrio com as manipulações articulares e técnicas de liberação miofascial. O exercício também é essencial para equiparar o tônus da musculatura.


Nos casos de queixas persistentes, onde a diferença nos membros inferiores permanece mesmo após a terapia manual e exercício físico, sugere-se a realização de exames. Confirmando a diferença verdadeira, pode se fazer o uso de palmilhas personalizadas como recurso terapêutico.


GORDON, J. E.; DAVIS, L. E. Leg Length Discrepancy: The Natural History (And What Do We Really Know). J Pediatr Orthop, v. 39, n. 6, p. 10-13, 2019.



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